A fotografa britânica Sophie Mayenne tem trabalhado em uma série de fotos sob o título Behind The Scars (“Por trás das cicatrizes”). As pessoas vêm até ela, posam para uma foto e contam suas histórias. Para elas, as fotos e uma confissão honesta são um tipo de terapia.
1. Maya
“Os últimos meses foram muito difíceis para mim, o estado da minha pele piorou muito, sofro de uma doença muito rara chamada de Epidermólise bolhosa. Eu fui diagnosticado há um ano e meio, mas como ela não havia se manifestou tão forte assim, continuava a ter uma vida mais ou menos normal. Agora, minha auto-confiança e minha auto-estima é praticamente em zero. Desde a hora que acordo até a hora que vou dormir, ou eu tenho que fazer algum tratamento de pele, ou fico sofrendo de dor. Mas mesmo assim, tento me convencer de que eu ainda sou a mesma e que ainda sou bonita, apesar da doença, e que continuarei a lutar até o fim”.
2. Mercy
“Minhas cicatrizes provêm de queimaduras causadas por violência doméstica, isso aconteceu quando eu tinha 29 anos e foi um período muito difícil, hoje me sinto à vontade com o fato de que minhas cicatrizes são parte de mim e de tudo o que sou. minhas decorações mais valiosas, elas me lembram que eu sobrevivi!”
3. Tracy
“Tenho 45 anos e tenho dois filhos. Em 2012 fiquei doente, e no início os médicos me diagnosticaram com um resfriado, mas o diagnóstico estava errado. Certo dia perdi a consciência e minha filha chamou uma ambulância, eles me levaram para o hospital. Passei dois meses em coma induzido e depois mais dois meses em terapia intensiva, após isso tive um ataque cardíaco. Resulta que, precisei fazer uma cirurgia cardíaca para mudar uma válvula, um mês depois, tive que passar por uma traqueotomia que me permitiu falar e se comunicar novamente com os outros, e por mais alguns meses eu tive que aprender a falar, andar, comer, beber e vestir sem ajuda”
4. Agnes
“Em 1997, com apenas 7 anos de idade, fui vítima de uma explosão de gás, por isso, tive que passar por 27 operações, mas sempre tratei minhas cicatrizes com amor, acho que são lindas e cheias de significando para mim, eles são especiais”.
5. Megan
“Quando eu tinha 14 anos, eu cuidava de um cavalo de rua chamado “Muja”, eu era muito ligada a ele. Uma manhã, como de costume, comecei a alimentar os cavalos. Muja queria chutar o cavalo que estava por detrás de mim, mas só conseguiu me acertar com o casco na cara, logo abaixo da maçã do rosto esquerdo. No começo eu fiquei chocada com o que aconteceu. Eu era jovem, eu estava com medo e sozinha no campo, toda cheio de sangue… Mas costuraram a ferida e a cicatriz curou. Sempre será visível, mas jamais irei tentar suaviza-la ou elimina-la. Eu não acredito que a beleza tenha que ser simétrica.”
6. Isabella
“Minhas cicatrizes são o resultado de um incêndio, estou um pouco irritada com todos até hoje, estou com raiva porque já se passaram 2 anos e 2 dias e ainda não me sinto completa. Me cortaram, costuraram e grampearam mas, ainda não me sinto inteira. Estou com raiva das minhas lembranças sobre o que aconteceu, já se passaram 2 anos e 2 dias e ainda me sinto muito mal, mas algum dia ficarei bem novamente”.
7. Bintu
“Quando eu era pequena (tinha 11 meses), chutei uma xícara com água fervente que queimou meu ombro esquerdo, e uma parte do meu peito e estômago, a cicatriz da queimadura está comigo desde que tenho memória. Na maior parte do tempo me sinto muito confiante e digo: “É apenas uma cicatriz”. Mas, as vezes, há momentos desagradáveis, especialmente quando você conhece novas pessoas e sente que eles tem nojo de você. Nesses momentos, penso: “Meu Deus, o que estão olhando? O que há de errado comigo? “E então lembro-me da minha cicatriz, haha”.
8. Chloe
“Quando eu tinha 13 anos, comecei a me cortar, e desde então eu tenho lutado contra esse mau hábito, o que acontece é que o desejo de prejudicar-se geralmente progride, e você se corta cada vez mais, embora você sempre comece com arranhões simples, mas então você chega ao nível onde os cirurgiões já estão dizendo que mesmo a cirurgia plástica não te ajudará a eliminar completamente as cicatrizes dos cortes que você mesma fez, só resta se apaixonar por elas, minhas cicatrizes contam minha história e não permitirei que a opinião de ninguém influencie isso”.
9. Suzanne
“Eu nasci sem dois ossos radiais, quando eu tinha um ano de idade, passei pela minha primeira operação na minha mão direita, e um ano depois, os médicos decidiram operar minha mão esquerda.” A primeira operação foi um sucesso, mas a segunda teve complicações. Quando eu tinha 15 anos, percebi que algo estava errado com minha mão esquerda, e novamente eu fiz uma cirurgia, minha doença é chamada de hemimélia, é bastante rara. Alcançar a paz com minhas cicatrizes sempre foi difícil, ainda não me sinto segura, mas agora é mais fácil, eles são parte de quem sou e nem sempre tento escondê-las”.
10. Sam
“Quando eu tinha 14 anos, estava brincando com uma arma, e isso me levou a viver em uma cadeira de rodas. Mas apesar do que você pode pensar sobre isso, eu nunca me senti como uma vítima. Minhas cicatrizes físicas e psicológicas me tornaram mais forte e determinada. Eu queria ser uma modelo e adivinha o que aconteceu… Agora eu sou uma modelo, trabalho na indústria da moda representando pessoas com limitações físicas. Minha história os ajuda a entender seu valor, incluindo o de todas as cicatrizes”.
11. Adele
Em 2014, fui diagnosticado com sarcoma de Ewing, que é um tipo de câncer nos ossos. Quase um ano de quimioterapia, vários transplantes de ossos no meu braço (o material para os transplantes foi tirado das pernas e do quadril)… No total, passei por 11 operações”.
12. Barbara
“Em 2014, fui diagnosticado com angiosarcoma (câncer de mama, uma forma rara e agressiva, então eu tive que passar por três operações e duas quimioterapias). Estas são as cicatrizes que tenho, embora no início eu estivesse envergonhada. Agora tenho orgulho, são uma prova da minha força e da minha coragem, algo que não esperava de mim, recentemente me disseram que o câncer havia retornado. Surpreendentemente, estou bem tranquila”.
13. Íris
“Sofri uma queimadura no braço quando tinha apenas 5 meses de vida, me levou um ano de tratamento e recuperação no hospital, e depois outros 25 para aceitar o que aconteceu. Passei por apertos de mão e olhares de desprezo, os sussurros das outras crianças as minhas costas, muitas tentativas de esconder e usar sempre a minha outra mão, mas, como resultado de tudo isso, cresci sendo lutador e hoje não temo nada”.
14. Lucia
“Eu nasci com cinco buracos no coração, tive uma cirurgia às 2 semanas de vida e depois passei por outra operação aos dois anos, a terceira operação ocorreu aos 26 anos (há seis meses), porque tenho um coração aberto e grande. Estou orgulhoso da minha cicatriz, com ela me sinto tão abstrata que Picasso provavelmente gostaria de me pintar!”
15. Heb
“No ano passado tive uma operação para corrigir a escoliose, consegui aprender a amar meu corpo novamente e também percebi que ele é muito funcional, agora posso correr, dançar, pular e me sentir livre e feliz”.
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Emocionante estas histórias de luta e superação, não acha? Você também tem alguma historia de superação?
O post Incrível projeto fotográfico: diferentes pessoas mostram suas cicatrizes e falam sobre sua história apareceu primeiro em Explicandoo.com.
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